quinta-feira, abril 24, 2014

A Vida Segue Igual?


A questão da Ucrânia não está a mostrar o impacto que normalmente teria. Ainda bem. Os mercados financeiros continuam em alta enquanto existem problemas nos mercados emergentes e um pouco por todo o lado se fala de um próximo e provável crash.

É interessante registar o nível actual de certos activos  e compará-lo com o valor de há 2 meses atrás (post anterior).

S&P500 - 1875,39
Ouro (GLD) - 123.76
Petróleo (OIL) - 24.24
Natural Gaz (GAZ) - 3.20
EURUSD - 1.3817

quarta-feira, março 05, 2014

Uma Guerra De Palavras



No seguimento da mudança de poder na Ucrânia, a Rússia domina agora, na prática, a Crimeia que é parte integrante da Ucrânia. A situação é grave porque, embora não sendo ainda provável, poderia ser um primeiro passo para uma ocupação da parte leste e sul deste país, regiões onde a língua predominante é o russo. 

O actual poder na Ucrânia depende totalmente do ocidente, quer financeira quer militarmente. A guerra está fora de causa pois não é do interesse nem dos Estados Unidos nem da União Europeia. Vai assistir-se daqui para a frente a uma guerra de palavras em que nem as sanções económicas são praticáveis. As duas palavras - Gaz Natural – vão obrigar a resolver a questão. Provavelmente, sem satisfazer todos os desejos da Ucrânia, mas permitindo-lhe continuar a ser um país soberano.


 Indicadores da crise


S&P5001859.45 em 28 de Fevereiro; 1873.81 em 5 de Março

Ouro (GLD) 127.62 em 28 de Fevereiro, 128.89 em 5 de Março

Petróleo (OIL)24.13 em 28 de Fevereiro; 23.80 em 5 de Março

Natural Gaz (GAZ)3.06 em 28 de Fevereiro; 3.02 em 5 de Março

EURUSD1.38 em 28 de Fevereiro; 1.3733 em 5 de Março 


Por agora, o mercado não acredita em crise nenhuma!

segunda-feira, janeiro 27, 2014

As Fraquezas da Economia Mundial


A economia mundial treme facilmente. Agora foram as notícias de fraqueza nas manufacturas chinesas que provocaram ondas de choque com receio de fraco crescimento económico. As divisas que mais sofreram foram o peso argentino, a rupia indiana, a lira turca e o rand sul-africano. Mas também andou por aqui hot money a retirar os lucros. E se o FED continuar a diminuir (mesmo lentamente) os estímulos à economia os reflexos podem ser negativos. O Ouro pode ter aqui a viragem que é esperada por muitos.

segunda-feira, janeiro 20, 2014

O Ouro está numa fase complexa


O Ouro tem um ETF - o GLD (ver gráfico), que é transaccionado como se fosse uma acção e que replica a performance daquele metal precioso. A sua evolução tem fraquejado continuamente desde o top efectuado em Setembro de 2011 a 185.85, depois de muitos anos de sólido e forte bull market. Nos últimos seis meses registou três mínimos próximos de 114.50, valor que passou a ser um suporte decisivo.
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Chart courtesy of StockCharts.com at http://stockcharts.com

Na minha opinião, é assim que a situação actual tem que ser enquadrada: se o preço a que o GLD está a negociar ultrapassar o último lower high (122.32) mantendo-se acima da EMA(50), a situação fica positiva. Se tal não acontecer e o suporte de 114.50 for quebrado em baixa, isso será bastante bearish e continuarão as descidas.

domingo, janeiro 19, 2014

Ainda há crise


A crise de 2007/2008 teve origem financeira, nomeadamente em operações de grande risco produzidas pelos bancos e cujos reflexos negativos se sentiram fortemente na economia global. O perigo ainda não passou, longe disso. Para o confirmar, temos agora um estudo efectuado por um investigador alemão e um académico norte-americano que refere que os bancos europeus apresentam necessidades de capital na ordem dos 767 mil milhões de euros, com os bancos franceses e alemães a registarem os piores resultados. 

Este estudo cobriu 109 bancos da Zona Euro, deixando de fora as instituições financeiras de menor expressão. Para além disso, não existe um estudo actualizado sobre os bancos do Estados Unidos e muito menos sobre a banca dos países dos outros blocos mundiais, certamente ainda mais frágeis.

sábado, janeiro 18, 2014

Um blog para dar opiniões úteis



Comecei este blog há muitos anos com a intenção de o actualizar numa base quase diária. No entanto, uma série de razões têm impedido que cumpra esta minha intenção … até agora. A partir de hoje haverá muito conteúdo adicional. Pode tratar-se de uma pequena análise de uma empresa, de um artigo de opinião financeira, de um comentário sobre um qualquer aspecto económico com importância global ou nacional ou, enfim, uma simples opinião sobre literalmente qualquer coisa relacionada com o mundo financeiro.


Quero destacar um aspecto fundamental. Vou dar cada vez mais importância às necessidades de informação das pessoas. Sejam pequenas ou grandes questões, espero abordar assuntos que sejam relevantes para o dia-a-dia de quem aqui vem. Estou a preparar novidades sobre tudo isto e, a seu tempo, gostaria de contar com o vosso feedback.

segunda-feira, janeiro 14, 2013

Sistema de Trading para o Facebook


As ações do Facebook (FB) são actualmente muito desejáveis para negociação. Com efeito, ainda estamos no período pós-IPO, com o desbloquear crescentes das suas acções que vão chegando em ondas ao mercado e a volatilidade do seu preço é relevante.

Embora, pessoalmente, eu ache que o FB pode proporcionar no futuro um investimento de longo prazo,  a sua negociação actual deve ser activa e baseada em sinais de compra e venda.

A evolução de cotações desta acção tem sido bastante adequada à utilização dos seguintes três indicadores:

1. Slow Sthocastic Oscillator com16 períodos (k=16, sem linha de sinal, adaptado ao pouco tempo de mercado do FB). Considero sinais de compra ou venda os movimentos acima ou abaixo dos 50%.
2.  Money Flow Index, que combina momentum e volume, como indicador de expectativa bull ou bear conforme está acima ou abaixo da linha central.
3. Percentage Price Oscillator, com sinal de compra quando a mais pequena média móvel está acima da maior e com sinal de venda na situação contrária.

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Chart courtesy of StockCharts.com at http://stockcharts.com.

O preço da IPO foi de 38, o que constitui, de acordo com o andamento das cotações, uma muito forte resistência. Penso que, de qualquer modo, esse valor será novamente alcançado mais tarde ou mais cedo, não apenas pela volatilidade mas especialmente pelo crescimento e lucros apresentados pelo FB.

Por outro lado, a zona próxima de 25 é agora um suporte fortíssimo atendendo a que depois do inicial sell-off esse valor só foi quebrado em baixa depois de várias tentativas muito agressivas. Aliás, a sua posterior quebra na subida foi igualmente concretizada com extrema dificuldade.

A minha posição actual é de compra desde 25 de Outubro passado (efectuado a 22,70), atendendo a que os três indicadores têm de dar o mesmo sinal para uma posição ser concretizada, o que só aconteceu para dar confirmações de sinal de compra.

Actualmente, o título continua acima da EMA50, o que é um dado bullish, mas está já algo sobrecomprado, pelo que não é de admirar a actual correcção.

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Dados Importantes


Ontem, o Banco de Portugal divulgou números de Novembro comparados com Outubro de 2012: o crédito concedido às empresas diminuiu, pelo 14º mês consecutivo, em 460 milhões de euros  fixando-se em 106.672 milhões de euros  (cerca de 10% do total é de cobrança duvidosa); o crédito concedido aos particulares desceu, pelo 9º mês seguido, em 517 milhões de euros situando-se agora em 134.407 milhões de euros.

Também ontem, o INE deu conta da variação homóloga de -5,9% em Novembro (0,4% em Outubro) do Índice de Volume de Negócios da Indústria. Os índices de emprego e de remunerações pagas na indústria sofreram reduções homólogas de 4,4%.

Hoje mesmo, o INE divulgou que o índice de novas encomendas recebidas pelas empresas industriais diminuiu 5,0% em novembro (redução de 5,2% no mês anterior). O índice relativo ao mercado nacional apresentou uma variação de -15,0% (-16,3% em outubro), enquanto as encomendas vindas do mercado externo registaram um crescimento de 2,2% (3,0% no mês anterior).


quarta-feira, janeiro 02, 2013

Atenção aos números!


Depois de longa ausência, volto agora a este espaço que se foi mantendo bem vivo com as actualizações permanentes e automáticas dos diversos gráficos e outras informações de interesse.

Neste mundo cada vez mais globalizado, é altura de voltar a publicar periodicamente o índice de aversão ao risco que, na prática, é um grande indicador do sentimento dos agentes económicos e dos mercados em geral. Veremos como a realidade se apresenta.

domingo, outubro 10, 2010

O Estado dos Mercados

O Ouro e a Prata têm subido com a percepção do mercado em relação à possibilidade e aos riscos de continuação da crise mundial.

Os metais, onde se destaca o Cobre, têm um registo diferente traduzindo com antecipação as perspectivas de recuperação e crescimento das grandes economias emergentes com a China à cabeça, acompanhada pela Índia, Brasil e Rússia, para além de outras.

O S&P500, verdadeiro sensor da economia empresarial mundial, esteve os últimos meses entre os 1040 e os 1130, com este ultimo valor a ser ultrapassado em Setembro. Agora existe alguma base de suporte nesse nível de 1130 e também em 1150.

Como nota final, o sentimento dos investidors, que já esteve bastante melhor em 2010, ainda regista actualmente níveis razoáveis, com os Bulls a ultrapasarem os 45% e os Bears a continuarem abaixo dos 30%.

terça-feira, julho 20, 2010

Dossier VIVO (3)


Existe a possibilidade teórica de a Telefonica accionar judicialmente a dissolução da Brasilcel, mas isso não só demora muito tempo como implica depois a compra de acções da VIVO até atingir a maioria, um timing nada propício para a Telefonica. Assim, tudo aponta para a continuação das negociações que obrigarão a PT a dispor da possibilidade de investir noutra empresa brasileira do sector.

Parece haver negociações ou aproximação com algumas e caso obtenha uma alternativa adequada a PT poderá então vender a sua participação na VIVO, pois agora já não tem bases para a manter.

Continuo a dizer que a falta de capacidade de crédito que existe de forma crescente em Portugal (e que afecta também a PT) permitiu campo aberto à estratégia da Telefonica. Basta lembrar os tempos em que uma OPA como a da Sonaecom foi possível.

segunda-feira, julho 19, 2010

Dossier VIVO (2)


Sobre os accionistas que maioritariamente decidiram em favor da venda da participação da PT na VIVO à Telefonica, compreende-se essa tomada de posição.


Estamos em plena crise financeira, as dificuldades de liquidez dos accionistas de referência portugueses e mesmo estrangeiros são um facto marcante. Além disso, acreditava-se que um chorudo dividendo intercalar pudesse ser aprovado. E, no fundo, tratava-se de muito dinheiro, só que esse dinheiro representava uma fracção (e não mais do que isso!) do verdadeiro valor deste activo para a PT.

Essa posição dos accionistas é um verdadeiro baixar de braços para os que acreditam na PT como fonte de criação de valor no médio e longo prazo.

Claro que se poderá falar em reinvestir grande parte dos fundos a obter num negócio alternativo, também no Brasil, mas isso será sempre mais difícil de concretizar e com um sucesso muito mais incerto.

Portugal Telecom - o dossier VIVO


A Portugal Telecom (PT) é uma das maiores empresas portuguesas, com uma cada vez mais importante posição internacional. Dito isto, é bom lembrar que as receitas da PT atingiram os 6,8 mil milhões de euros, em 2009, das quais quase 50% foram originadas pela VIVO.

O resultado líquido do ano passado foi de 684 milhões de euros, com um acréscimo de 18,7% em relação a 2008.

É assim muito clara a importância decisiva da participação da PT na VIVO, correspondente a 30% do capital desta empresa, que é a maior operadora móvel da América latina.

Nesta altura, não vou analisar a golden share do Estado e o veto efectuado à pretendida venda daquela participação à Telefonica por 7,150 mil milhões de euros.

Será mais interessante discorrer sobre o valor desse activo para a PT, em termos de presente e futuro.

Em empresas como a PT o que é decisivo é a estratégia de futuro a médio/longo prazo e o seu nível de crescimento anual, em conjugação com as potencialidades de geração de lucros para os accionistas.

Por agora, direi apenas que a participação da PT na VIVO, num cenário base, poderá valer cerca de 15 mil milhões de euros, numa avaliação a 10 anos que considere de forma relevante o potencial de crescimento daquele activo, que constitui uma imensa fonte de lucros.

Aliás, um dos objectivos estratégicos definidos pelam PT para 2009-2011 é o de aumentar a contribução das receitas internacinais para um nível de dois terços das receitas totais.

quinta-feira, abril 29, 2010

Portugal...

Enquanto esperamos que os outros países decidam se vamos ou não ser a nova Grécia, o que estamos a fazer para o evitar?

O PEC é um documento pouco mais do que burocrático e só para satisfazer Bruxelas... O que temos de construir é um programa estratégico de redução da despesa pública e de criação de incentivos ao crescimento económico efectivo.

Parece que estamos mesmo à espera que alguém nos obrigue a fazer o que é indispensável!

sábado, março 13, 2010

Mercado indica o seu próprio caminho, como sempre...

Chart courtesy of http://stockcharts.com
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Estamos num ponto crucial em que das duas uma: ou o mercado rompe com decisão a resistência na zona de 1150 ou corrige e pode formar um duplo topo. Pode não haver dramatismos seja qual for a alternativa que o mercado escolher.

Mas várias coisas são evidentes:

1 - A força da subida desde há cerca de um ano.
2 - A correcção de Janeiro/Fevereiro que levou a cotação deste índice a tocar em spike a EMA200, subindo de seguida, num movimento cirúrgico que tornou possível nova continuação de subidas.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Mais descidas a chegar?

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O gráfico dos preços "corrigidos" pelo volume negociado no SP500 continua a apontar para baixo, o que não sendo determinante é um sinal negativo que define a actualidade do mercado.

domingo, janeiro 31, 2010

SP500 e volume de transacções

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Entre as inúmeras formas de analisar tecnicamente o S&P500, decidi efectuar um acompanhamento do volume diário de transacções pois pode constituir mais uma ferramenta de confirmação do estado actual deste índice.

O gráfico apresentado inclui os valores diários (linha azul) do primeiro mês de negociação de 2010 e também os registos daqueles valores ponderados e corrigidos com base no volume diário (linha vermelha mais fina), os quais foram depois adaptados em termos de escala de forma a possibilitar uma adequada comparação e uma possível análise de tendências de subida e descida.

Numa primeira vista, constata-se que a tendência dos valores diários corrigidos pelo volume tem sido sempre descendente. O gráfico fala por si mas a sua real valia só se encontrará com os registos de um maior período de tempo.

Vamos acompanhar durante todo este ano de 2010.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Termómetro da Recuperação

Os mercados têm estado em alta desde Março do ano passado, sem interrupção, protelando uma correcção significativa que seria de todo saudável.

Penso que estamos na hora dessa correcção e para um acompanhamento mais profundo vou aqui postar diariamente o índice de aversão ao risco dos investidores e também o gráfico do SP500 ponderado pelo respectivo volume diário.

Começarei a fazer tudo isso amanhã, com os dados de 5ª feira. O gráfico do índice referido incluirá os registos desde 1 de Janeiro de 2010.

domingo, outubro 11, 2009

Taxas de Juro

Com os baixíssimos níveis de inflação e com as altas e ainda por cima crescentes taxas de desemprego existentes nas maiores economias ocidentais, as taxas de juro definidas pelos Bancos Centrais não podem subir.

Pelo contrário, devem manter-se nos níveis baixos actuais ainda por bastante tempo se não quisermos inviabilizar a recuperação económica mesmo antes de ela verdadeiramente ter começado.

domingo, setembro 20, 2009

Como vai a crise

Os mercados têm sempre razão e normalmente espelham as perspectivas sobre a economia com uma antecedência de 6 a 9 meses.

No entanto, esses mesmos mercados podem mudar de opinião rapidamente. Com efeito, é isso mesmo que acontece na vida real com os ciclos de alta e de baixa, as correcções, inversões, etc.

Deste modo, é de grande importância termos uma opinião própria sobre a economia real, percebendo assim melhor o possível andamento futuro dos mercados de capitais.

É para nos ajudar nessa tarefa que vou transcrevendo as opiniões de grandes especialistas a nível mundial:

Paul Krugman (15/09/1009) - "Mesmo que o PIB comece agora a aumentar, nada evidencia que o gap causado pela recessão (cerca de 8% do PIB dos EUA) não continue a aumentar, o que é uma tragédia continuada (que só deixará de acontecer quando a taxa de crescimento futuro for maior do que a anterior à crise).

E isto se acreditarmos que não iremos derrapar de novo, para uma situção conhecida como recessão em W (double dip recession)
".

Paul Krugman dizia isto num contexto em que defendia para o futuro próximo a concretização de novo pacote de estímulos à economia americana, medida que como se sabe tem sido objecto de grande controvérsia.
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