quinta-feira, agosto 24, 2006

Olhando para o Ouro

Clicar no gráfico para aumentar

Caminhando para a parte final desta semana, constatamos que o Ouro não tem saído das referências que indiquei no Domingo.

Começou a livrar-se com êxito dos 614 e na 2ª feira passou mesmo os 625. No entanto, no dia seguinte já estava a lutar na parte debaixo dessa linha de break. Na 4ª feira, a mesma coisa: conseguiu furar até aos 630 mas rapidamente voltou para o lado inferior da linha dos 625. E hoje, exactamente igual, tentou subir com menos convicção e voltou a descer com alguma força.

Será o torpor desta última quinzena de Agosto? Vamos lá ver se saímos disto antes do Labor Day (4 de Setembro)!

Outros Mercados (Urânio)


O preço do urânio, na sua forma U3O8 que é a utilizada nas centrais nucleares, subiu de uma forma agressiva desde 2000, passando de 7 para 48 $/lb. Se disser que já no final da década de setenta a cotação tinha ultrapassado os 40, pode dizer-se que a história se repete. A sua procura industrial está sustentada e a subida pode ter uma dimensão maior. Rapidamente vejo três razões para isso:

1. Depois de uma paragem de duas décadas, existem 27 centrais nucleares em construção e muitas outras em estudo, a juntar às 442 actualmente em laboração;


2. A oferta de urânio passará a ser exclusivamente proveniente das minas, atendendo a que stocks antigos e o reprocessamento e conversão de matéria secundária (combustíveis exaustos e armas nucleares) estão a caminho do esgotamento.

3. Os preços caíram durante muitos anos e, considerando a inflação, a cotação do urânio ainda está a preços muito inferiores ao dos anos 70.

Nos últimos 18 meses, mais de 200 empresas mineiras de urânio foram admitidas á cotação em várias bolsas do mundo. A canadiana Cameco (NYSE: CCJ) continua a ser, de longe, a maior produtora mundial, tendo apresentado um lucro líquido de 193 milhões de $Cdn no 1º semestre de 2006.

Independentemente de opiniões pessoais, há uma razão para se ter voltado a falar nas centrais nucleares (e, por isso, no urânio): com o aumento sustentado dos preços do petróleo só agora é que estas unidades poderão ser rentáveis sem o maioritário apoio dos Estados.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Carteira do Blog


Hoje vou comprar uma posição em duas empresas que produzem Prata, para marcar a minha confiança (sempre no médio/longo prazo) na evolução dos preços deste metal precioso e nos resultados das mais importantes empresas mineiras que o produzem. É o caso da Coeur d´Alene, que também produz Ouro e da Silver Wheaton Corporation, que se dedica exclusivamente à Prata.

Dentro de poucos dias, efectuarei uma análise à Prata para acentuar a excelente possibilidade de futuros grandes aumentos na sua cotação, em paralelo com um maior risco relativo, dada a enorme volatilidade que se traduz em grande amplitude nas subidas e correcções.

Aproveito a embalagem para comprar também uma pequena posição na maior empresa mineira do mundo – a BHP Billiton, a maior produtora mundial de cobre e que também explora, entre outros, zinco, prata, alumínio, níquel, ferro, petróleo e gás natural. Publicou hoje os resultados que foram muito bons, acima do previsto.

Paralelamente vou adquirir acções da Hecla Mining, que tem boas perspectivas fundamentais e técnicas.

Compras para hoje:

1.000 Coeur d´Alene (CDE) ao máximo de 5.60
500 Silver Wheaton (SLW) ao máximo de 10.60
200 BHP Billiton (BHP) ao máximo de 44.10
1.000 Hecla Mining (HL) ao máximo de 6.40

terça-feira, agosto 22, 2006

OURO e HUI – perspectivas de médio prazo

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com


Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com


Importa ter bem presente quais os factores que poderão fazer mover o Ouro nos próximos meses. Determinadas circunstâncias serão logo descontadas nas cotações pelo que é necessário identificar o que está em causa. Relembro que o ETF streetTRACKS Gold (NYSE: GLD) replica a variação da cotação do Ouro.

O Índice HUI terá necessariamente uma observação paralela, levando em conta a sua especificidade. Com efeito, este índice é essencial e reúne as empresas produtoras de Ouro de maior importância e financeiramente mais sólidas.

Em primeiro lugar, embora haja que contar com a correlação negativa entre o USD e o Ouro, sabemos que em determinadas circunstâncias essa relação não é determinante ou até deixa de ter lugar (como aconteceu em 2005). No entanto, bastou que hoje o índice da confiança do investidor alemão caísse para -5,6 (!) - o seu mais baixo registo desde Junho de 2001, quando em Julho era de 15,1 - para que o EUR/USD caísse sem demora para 1,28 e o Ouro para 620. Claro que foi somente um ruído de muito curto prazo sem grande significado. O que me parece é que o USD não está suficientemente fraco para, por si só, implicar uma subida do Ouro.

Depois, temos o factor geo-estratégico, onde incluo o conflito do Médio Oriente, a situação do Irão e quaisquer outros problemas do género. Aqui o comportamento do petróleo pode ser um bom indicador de expectativas. Mas não se pode esquecer que, há pouco tempo atrás, mesmo a gravidade da situação internacional não conseguiu empurrar para cima nem o Ouro nem o petróleo. Também aqui, terá que haver uma situação muito mais grave (indesejável, mas possível) para despoletar qualquer grande subida.

Para mim, a fase de consolidação a que temos assistido poderá continuar no curto prazo mas com a volatilidade habitual, arrastando grande amplitude de preços. No entanto, penso que no médio prazo, nos meses que faltam até ao fim do ano, poderá haver condições para um arranque na procura dos investidores (fundos, particulares e até Bancos Centrais de grandes países emergentes) que puxem a cotação do Ouro bem para cima da sua média móvel de 50 sessões. Essa pressão da procura pode acontecer repentinamente e depois auto-sustenta-se, por motivos psicológicos de segurança financeira e de expectativa de novas valorizações.

Por outro lado, não é de estranhar que haja quem tente a todo o custo que o Ouro suba o menos possível, quedando-se perto da referida bitola definida pela EMA 50. Quem são? Pela sua actuação comercial, são algumas grandes empresas do sector do Ouro (não incluídas no HUI) que têm a sua produção futura de muito anos quase toda vendida a preços muito mais baixos do que os actuais, através de hedging; e são, por motivos políticos, as autoridades norte americanas que vêm no aumento (julgado excessivo ) do preço do Ouro um risco para o valor do USD e uma sinalização negativa para o andamento da sua economia.

E tecnicamente, qual a situação actual?

No Ouro, está a formar-se um grande triângulo simétrico com base no máximo de Maio e no mínimo de Junho e que dentro em breve estará próximo de fechar, e que poderá dar origem a um breakout na zona dos 630/640. Se isso falhar, continuará a consolidação.

No HUI, que segue as cotações do Ouro mas de forma alavancada (tanto para baixo como para cima) e normalmente antecipada, a formação que acho credível é a de um Head & Sloulders invertido, com cabeça a 270.54 (Junho) e ombros a 305.23 (Maio) e 303.04 (Julho). No caso de ser confirmado, o seu objectivo ultrapassará o máximo de Maio e constituirá um desenvolvimento e aceleração do bull market.

Em face do exposto, admito como mais provável para os próximos meses o retomar das subidas, podendo as cotações testar e talvez ultrapassar os máximos deste ano, tanto no Ouro como no HUI.
Short Business News
(22-8, Mineweb)

A top Barrick (NYSE: ABX) official accused the Gold Anti-Trust Action Committee (GATA) of deliberately trying to mislead the investment community and the news media in Barrick’s bid to acquire Vancouver-based NovaGold (AMEX: NG).

GATA urged NovaGold shareholders “not to tender their shares to Barrick before Barrick closes its short position in gold.” The organization said that Barrick’s alleged short position of about 12 million ounces of gold “long has been a major suppressing force against the gold price and against the price of gold mining shares.”

GATA Chairman Bill Murphy claimed that the major company “is desperate for the unhedged gold in the group at NovaGold, with which Barrick would extricate itself from a nightmare. Taking over NovaGold would help Barrick immensely.”

Last month, Barrick made a hostile all-cash bid of $1.3 billion for all the shares of NovaGold.

A nossa mineira (2)


Logo a seguir à elaboração do meu texto sobre a EUROZINC, o site desta empresa revelou a notícia da sua fusão com o grupo sueco Lundin Mining.

Ficará assim formada uma empresa produtora de cobre, zinco e chumbo já de boa dimensão . A nova empresa terá o nome de Lundin Mining Corporation e será detida pela EUROZINC (56,7%) e pela Lundin Mining (43,3%), estando ainda sujeita à aprovação dos accionistas das duas empresas.

É curioso referir que, para além de explorações mineiras em Portugal e na Suécia, a nova empresa também operará na Irlanda, Irão, Eritreia (projecto de Ouro) e Rússia (em negociação).

Naturalmente, será uma empresa a acompanhar.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Ficha da NEWMONT MINING

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

A Newmont Mining (NEM) é a maior empresa produtora de Ouro do mundo. Com sede nos Estados Unidos da América (Denver, Colorado) possui explorações mineiras nos EUA, Canadá, México, Peru, Bolívia, Austrália, Nova Zelândia, Indonésia e Usbequistão e projectos em desenvolvimento no Gana. Também é produtora de cobre, que corresponde a pouco menos de 15% do total das suas vendas.

A NEM tem receitas de royalties superiores a 60 milhões de dólares anuais e uma carteira de participações financeiras que apresenta actualmente um valor de mercado de cerca de1,3 biliões de dólares.

No 1º semestre de 2006, a NEM registou vendas no montante de 2,5 biliões de dólares (mais 27% do que em igual período do ano anterior) e lucros de 370 milhões de dólares ($.82/acção), quase o triplo do que em 2005.

Apresenta uma forte estrutura financeira e uma liquidez assinalável.

Olhando o gráfico, constatamos que o mínimo de 34.52 efectuado em Maio de 2005 formou um duplo bottom de 1 ano. A partir daí, a NEM subiu até fazer um máximo de 62.48, no último dia de Janeiro de 2006. Depois de corrigir, está numa fase de consolidação e ultrapassou hoje as EMA50 e 200, aproximando-se rapidamente da importante zona de 54.

A cotação das suas acções, sempre muito sensíveis às variações do preço do Ouro, tem um potencial de subida bastante grande.

Outros Mercados (EUR/USD)

Clicar no gráfico para aumentar

Continua a tendência de subida de longo prazo do euro em relação ao dólar americano, clara desde o início de 2002, depois de o EUR/USD ter estabelecido mínimos em Outubro de 2000. No entanto, após o máximo um pouco acima de 1,36, registado mesmo no final de 2004, e passados os primeiros meses de 2005, nunca mais houve uma tentativa credível de ultrapassar a barreira de 1,30.

O menos que podemos dizer é que o bull market do EUR/USD está a gaguejar…

Talvez o mercado tenha sentido que aquela é uma zona para ser visitada no próximo futuro, mas que ainda não é do interesse dos EUA, ao mesmo tempo que é vista como um sério problema pelas autoridades monetárias europeias.

Nesta perspectiva, é interessante observar as aproximações a 1,30 que este cross tem registado este ano (gráfico anexo). Haverá um duplo topo a 1,2970, entre Maio/Junho, e agora uma nova tentativa, para já sem qualquer resultado.

Será mesmo desta?

Carteira do Blog


Nesta altura, embora pareça "fora do contexto", considero como risco admissível um eventual teste do Ouro a valores próximos da sua EMA200 (actualmente em 582.50 e a subir). No entanto, as melhores acções do sector já desceram bastante, dando um certo sinal de antecipação e podendo ter começado a construir uma nova base de sustentação.

Desta forma, vou fazer mais uma compra de acções de outra empresa com grande potencial de subida. Ainda fico longe de esgotar todo o capital de que disponho.

Ordem de Compra para hoje:

250 acções da Newmont Mining (NYSE: NEM) ao preço de abertura, com máximo de 51.10.

domingo, agosto 20, 2006

A nossa mineira

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com

Não produz Ouro, mas bem se pode dizer que está a conseguir resultados dourados. Trata-se da EUROZINC (EZM), uma empresa canadiana que adquiriu há cerca de dois anos a totalidade do capital da muito rentável Somincor - a empresa de Neves-Corvo que é uma grande exportadora de cobre.

A EZM também detém as Pirites Alentejanas de Aljustrel (zinco), parada há muito tempo mas cuja reabertura já está planeada, com vista a aproveitar os altos preços do metal. C
otada na AMEX e na TSX (Toronto Stock Exchange), a EZM tem um free float muito alargado, sendo o Resource Capital Fund o seu accionista estratégico, só com cerca de 18% do capital.

A empresa tem tido um comportamento muito razoável, mesmo após a correcção havida no cobre. É esclarecedora a subida da sua cotação em 9%, na passada 6ª feira, quando o cobre só subiu 2,5%, devido ao encerramento temporário da mina de cobre Escondida da BHP Billiton, no Chile, que representava 8% da produção mundial deste metal.

O que nos reserva esta semana?

Clicar no gráfico para aumentar

No que respeita ao Ouro, enquanto o médio/longo prazo ostenta uma clara tendência ascendente, o curto prazo já tem outra história, em que a volatilidade é uma constante e os movimentos inesperados são frequentes.

Mas há referências que nos podem indicar cenários prováveis.

Nos últimos trinta dias, observando o gráfico diário do Ouro, identificamos três níveis importantes. Primeiro, 650, onde houve várias tentativas falhadas de quebrar a resistência - com a subsequente queda. Depois, o breakdown a 625, que deu origem a nova descida até aos 614, onde se formou outra linha de break (agora em questão).

Não me admirava que se desse mais um breakdown e que a nova paragem tivesse lugar na zona dos 600. O gráfico horário dos últimos três dias também dá essa ideia.

Com as ressalvas do costume, fico-me com um bias negativo para o curto prazo e positivo para os próximos meses.


Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com

sexta-feira, agosto 18, 2006

Ficha da ELDORADO GOLD

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

Eldorado Gold (EGO) é uma empresa mineira canadiana produtora de Ouro, com explorações no Brasil, Turquia e um projecto em desenvolvimento na China. A sua produção não está sujeita a hedging e tem boas condições de crescimento.

Pela primeira vez, a EGO apresentou lucro líquido no 2º trimestre de 2006 (215 mil dólares), no seguimento da evolução positiva das receitas provenientes dos projectos mineiros. No entanto, os resultados de todo o 1º semestre deste ano ainda registaram um prejuízo de 7,2 milhões de dólares (vendas de 22,7 milhões), mas foram muito mais favoráveis do que os 20 milhões de prejuízo em igual período de 2005 (vendas de 14 milhões).

A estrutura financeira da EGO é sólida e as condições de exploração irão melhorar com a entrada em produção da mina de Tanjianshan na China no final de 2006.

A EGO está cotada na AMEX desde Janeiro de 2003. Em Maio de 2005 fez um mínimo intermédio de 2.02, tendo subido posteriormente até ao máximo de 5.80 efectuado em Maio passado. A partir daí, corrigiu e está numa fase de consolidação.

Nota intradiária

Clicar no gráfico para aumentar

O índice que mede a confiança dos consumidores dos EUA, elaborado pela universidade do Michigan, caiu para 78,7 pontos em Agosto, bastante mais baixo do que a expectativa dos analistas que era de 83,8 pontos (em Julho registara um valor de 84,7). A principal razão apontada teve a ver com os preços mais elevados do gás.

Para dar uma perspectiva da situação, junto publico um gráfico das cotações do gás natural nos últimos 12 meses.

Carteira do Blog


Hoje é dia de ficar de fora, a aguardar que o Ouro encontre o seu rumo de curto prazo. As compras de ontem são promissoras, sempre numa perspectiva de médio prazo. Logo que possa publico a Ficha da Eldorado Gold.

Outros Mercados (DELL)

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

Ontem, após o fecho dos mercados, a DELL comunicou lucros de 22 cents por acção no 2º trimestre deste ano, que ficaram 51% abaixo de igual período de 2005. Embora os resultados tenham sido em linha com as previsões, a empresa também informou que a SEC está a investigar o seu modo de contabilizar as receitas.

Vamos ver qual a reacção das suas acções na sessão de hoje, depois de uma subida nos últimos dias que dava mostras de estar esgotada.

Aliás, o panorama técnico nos últimos 12 meses é altamente negativo, com uma descida desde 41.99 em Julho de 2005 até 18.95, também em Julho mas já deste ano.
Short Business News
(Mineweb)

- BHP Billiton Friday temporarily closed operations at Escondida, the world’s biggest copper mining operation, and ended negotiations with striking workers who have blocked all access roads to the mine located in Chile’s Atacama Desert. BHP Billiton spokeswoman Emma Meade told Australian press that “this heightened union activity means we no longer feel that we are able to unequivocally guarantee the health and safety of our people or the integrity of the operations infrastructure.”

- Facing historically low nickel inventories and a “genuine material shortage,” the London Metal Exchange Wednesday imposed trading restrictions on the metal. Given the myriad of uses of nickel in construction, public facilities, households, and electronics, an acute nickel shortage has potential impacts for First World and developing nations. Analysts speculated that a trader may hold a very large short position. The Financial Times reported Monday that the latest LME update shows that one participant or group holds from 30 to 40% of the short nickel positions on the exchange. The position may have been building since mid-July.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Nota intradiária


O petróleo (Nymex Sep 2006) continuou hoje a sua descida até ao suporte de 70, onde recuperou ligeiramente (está agora a 70.20).

Razão do optimismo: os perigos geo-estratégicos abrandaram (por agora...).

O feeling e a realidade


Enquanto a sessão americana decorre com os mercados em bull mode, há muita gente que acredita que já estamos prontos para uma descida mais ou menos prolongada.

Eu penso que isso constitui o erro do costume. Quando as cotações dos principais índices mundiais ainda não deram um verdadeiro sinal descendente é pelo menos extemporâneo pensar que as descidas estão a chegar. Como os dados fundamentais da economia estão sempre descontados nas cotações com avanço, não existe ainda base para mudar de atitude.

Claro que há sempre quem se deite a adivinha e acredite no seu feeling… e até acerte! Mas esse não é o melhor método.

De igual modo, mesmo com o Ouro a fraquejar de uma forma que o poderá levar até aos 600 nos próximos tempos, não se vê qualquer tendência de descida de médio prazo. A sustentabilidade das cotações nada tem a ver com os swings de curto prazo.

Movimento da Carteira do Blog


Ordens de Compra para hoje:

500 Agnico Eagle (AEM) ao máximo de 36.55
700 Gold Fields (GFI) ao máximo de 20.60
500 GoldCorp (GG) ao máximo de 29.90
1.500 Eldorado Gold (EGO) ao máximo de 4.59

Dentro destes limites, as compras serão efectuadas ao preço de abertura. Se não forem concretizadas perdem a validade.

A Carteira do Blog


Começa a ser tempo de construir a minha Carteira do Blog, que será constituída maioritariamente por acções de empresas mineiras produtoras de metais preciosos, com o Ouro em grande destaque.

Será uma carteira com as seguintes características e regras:

1. Capital – 100.000 dólares americanos (USD);
2. Orientação de médio prazo com uma gestão dinâmica;
3. Todas as transacções serão indicadas antes da hora de início dos mercados nos EUA, e as correspondentes compras e vendas efectuar-se-ão sempre ao preço de abertura da Bolsa nesse dia;
4. Não existem limites de exposição a uma só empresa;
5. Se as condições de mercado a isso aconselharem, o capital investido pode ser nulo em determinadas alturas;
6. A carteira terá risco cambial pelas variações do euro em relação ao dólar.

Todas as empresas que constem da Carteira do Blog e que não tiverem uma “Ficha de Empresa” publicada no Meu caro Ouro, serão objecto de uma análise daquele tipo com a maior brevidade possível.

Vamos ver se nesta 5ª feira já será boa altura de arrancar.

terça-feira, agosto 15, 2006

Ficha da GLAMIS GOLD

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

A Glamis Gold (GLG) é uma produtora de Ouro com explorações nos Estados Unidos (Nevada), México, Guatemala e Honduras, não estando obrigada a efectuar operações de hedging.

No primeiro semestre deste ano, a GLG quase duplicou as vendas para 176,4 milhões de dólares, tendo apresentado um lucro líquido de 47,2 milhões ($.33/acção), muito acima dos 10,2 milhões em igual período de 2005.

Com excelente estrutura financeira, a GLG tem grande potencial de crescimento através de novos projectos em desenvolvimento.

As suas cotações percorreram um longo caminho de crescimento desde os 1.25, em Outubro de 2000, até ao máximo de 43.84, registado em Maio de 2006!

A partir daí, e depois de uma natural correcção, a GLG tem consolidado entre os 32 e os 39, denotando força suficiente para, dentro de algum tempo, ultrapassar a forte resistência na zona dos 39.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Short Business News
(Mineweb)

- If Brazil's iron ore miner Companhia Vale do Rio Doce (NYSE: RIO) all-cash $17.6 billion offer is successful in defeating Phelps Dodge for the reluctant hand of Canadian nickel miner Inco, the combined CVRD/Inco would become the world's third largest mining company.

- Despite a fall in copper output year on year, Eurozinc Mining Corporation (AMEX: EZM) – Canadian-based but with its operational activities in Portugal – reported its best second quarter earnings yet.

- World's largest miner BHP Billiton (NYSE: BHP) - aluminium, copper, iron ore, nickel and natural gas - warns of cost pressures as production hits capacity constraints.

O ETF da Prata

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com

O iShares Silver Trust (ticker SLV) é o ETF da Prata reflectindo, em qualquer momento, as variações do seu preço e corresponde ao valor de cerca de 10 onças deste metal precioso.

Este Fundo teve início em 28 de Abril passado e permite uma opção de investimento na Prata na forma de títulos individuais, que podem ser transaccionados normalmente na Bolsa como se fossem acções.

A evolução das cotações tem seguido mais ou menos a do Ouro, com ambos os ETF´s a efectuarem, na última 6ª feira, preços semelhantes aos que tinham efectuado no início de Junho.

domingo, agosto 13, 2006

A direcção do mercado

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

O comportamento do mercado repete-se, mas a sua análise implica que tenhamos uma opinião própria fundamentada e que sejamos cautelosos. Porque devemos estar conscientes da contingência das previsões.

Vem isto a propósito da intenção de medir o pulso ao mercado, sempre importante, quaisquer que sejam os activos da nossa carteira. A melhor forma de o fazer será analisar um dos índices mais representativos a nível mundial. Já há dias mencionei a importância do S&P500, e também o NASDAQ merecerá uma próxima referência. Porém, hoje vou focar a minha atenção no Dow Jones Industrial Average (DOW).

Todos os grandes índices têm uma tendência crescente de muito longo prazo, que pode facilmente ser confirmada em qualquer gráfico dos últimos 100 anos. Isso deve-se muito simplesmente ao contínuo desenvolvimento e crescimento da economia, mesmo contando naturalmente com as fases de recessão e até depressão económica. O problema está todo em identificar as cíclicas variações de tendência, que podem levar vários anos a desenvolver.

Há dias, um credenciado analista fez-me sorrir ao escrever que o DOW fez um duplo topo a 11.750/11.670 nos últimos 6 anos, o que – dado ter 7.197 como mínimo relevante no período - implicaria um objectivo projectado para cerca de 2.700. Projecções deste tipo são um puro exercício de antecipação e pouco ou nada valem, pois o padrão - que só seria confirmado com preços abaixo daquele mínimo - pode obviamente ser invalidado ou pura e simplesmente nunca funcionar.

Por outro lado, acho interessantes as projecções efectuadas com base nas ondas de Elliot que dão o DOW a continuar a desenhar a onda 5 extendida do bull market.

Mas eu prefiro, muito simplesmente, analisar o gráfico semanal do DOW (em anexo) que me diz que, em Dezembro de 2003, a EMA50 cortou em subida a EMA200 e se tem mantido bem acima desta, com o índice a efectuar higher highs e higher lows.

Deste modo, o DOW manterá a sua linha de tendência ascendente até que a referida situação se altere e os principais indicadores técnicos apontem para baixo.

sexta-feira, agosto 11, 2006

A dura negociação do Ouro

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

Bastou que o indicador das vendas a retalho nos EUA subisse 1,4 % no último mês (esperava-se 0,8% e tinha caído 0,4% em Junho), para voltar a perspectiva de, lá mais para a frente, a FED ter mesmo de regressar aos aumentos da taxa de juro. Resultado: USD a subir e acções e Ouro a descer.

Na negociação do Ouro existe sempre muito trading, ou seja, as posições são maioritariamente de muito curto prazo e as mãos fortes exageram a seu favor qualquer possibilidade de variação de preços tomando lodo a seguir mais-valias. O mercado está sempre a mexer minuto a minuto, o chamado ruído é enorme e quem não está posicionado para um prazo maior pode ser surpreendido.

Embora o Ouro esteja a demonstrar alguma fraqueza, ainda tem alguns suportes importantes no seu eventual caminho para baixo, os quais não serão transpostos com facilidade. Só um fecho diário abaixo dos 602 (próximo do mínimo intermédio registado em 24 de Julho passado) é que obrigará a encarar a hipótese de um teste a valores próximos do mínimo de Junho, coisa que o mercado às vezes gosta de experimentar.

Há realmente vários indicadores técnicos a começar a ficar negativos, mas para não nos enganarmos vamos primeiro ver se o suporte dos 630 é ou não quebrado em fecho.

Déjà vu?

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://www.chartoftheday.com

This chart compares the movement of the fed funds rate (gray line) to that of the 10-year Treasury bond yield (thick blue line). There are several points of interest. For one the fed funds rate is significantly higher than that of the 10-year Treasury bond (inverted yield curve). The last two times that happened (1989 and 2000), a recession soon followed. Also note how the yield of the 10-year Treasury bond has tended to peak before a major peak in the fed funds rate and also note how the 10-year is still within the confines of a long-term downtrend.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Ficha da GOLDEN STAR

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

A Golden Star Resources (GSS) é uma empresa produtora de Ouro de média dimensão com a actividade localizada no Gana. Tem ali duas minas em actividade, enquanto mantém trabalhos exploratórios nestas e em outras propriedades.

Os resultados da primeira metade deste ano são bastante preocupantes pois embora a GSS tenha apresentado um lucro líquido de 33,4 milhões de dólares, efectivamente a sua exploração foi ainda pior do que em igual período de 2005. Se descontarmos os ganhos com a venda de activos, a GSS teria tido um prejuízo de 17,8 milhões em comparação com um menor resultado negativo de 5,9 milhões no mesmo período do ano anterior. As razões para esta situação são especialmente duas: venda de Ouro em menor quantidade e maiores custos de produção.

A sua estrutura financeira até parece boa, só que a GSS terá de conseguir ultrapassar os problemas tecnológicos e económicos que estará a defrontar.

Analisando o gráfico de cotações, observa-se uma tendência descendente forte e sustentada desde Dezembro de 2003 até Novembro de 2005, tendo passado de um máximo de 8.64 para um mínimo de 2.10. A partir dessa altura dá-se uma inversão, mas a GSS não consegue ultrapassar os 3.89 efectuados logo no início de Fevereiro deste ano, e regista um duplo topo. Na correcção posterior faz um mínimo intermédio de 2.40 e depois tem estado numa tendência ascendente em que o preço recuou antes de atingir a resistência de 3.40.

É minha opinião que a cotação da GSS terá grande dificuldade, no curto prazo, em ultrapassar a resistência acima referida e especialmente a da zona de 3.90. Aguardemos por notícias mais favoráveis.
Notícias da manhã

(Mineweb, 10-AUG-06) The analysts remain positive on gold, "based on a mix of supply/demand and macro/monetary catalysts." Citigroup gold forecasts for 2006-2008 are $632/oz., $700 and $750. "We would not be surprised to see a test of the gold highs of $850/oz".

(BBC News, 10 August 2006, 09:03 GMT) A terrorist plot to blow up planes in mid-flight from the UK to the US has been disrupted, Scotland Yard has said. It is thought the plan was to detonate explosive devices smuggled on to as many as 10 aircraft in hand luggage.
Police were searching addresses after a total of 21 people were being kept in custody after 25 arrests in the London area and West Midlands.

(Telegraph, 10-08-2006) Australia's biggest goldminer, Newcrest, has become the latest producer to bet on further rises in the price of bullion, pledging to slash its hedge book contracts to 50pc of output within a year. Acknowledging a possible surge in gold to all-time highs above $1,000 an ounce, the company said it would sharply curtail its practice of locking in sales years ahead. Newcrest is selling 80pc of this year's expected production of 1.53m ounces under hedging obligations, much of it far below $600 an ounce.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Ficha da CRYSTALLEX

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

Vou abordar, em linhas gerais, a situação da Crystallex (KRY), que constitui um bom exemplo da dualidade entre, por um lado, boas expectativas de negócios futuros e, por outro, a percepção do risco da localização da sua actividade. Com efeito, a KRY tem toda a sua actual produção de Ouro (aliás, muito deficitária) na Venezuela, para além de possuir em fase avançada um novo projecto de produção anual de 500 mil onças de Ouro, com vida útil estimada de 23 anos (Las Cristinas). O arranque desta exploração mineira está previsto para o início de 2008 e aguarda a aprovação final das autoridades venezuelanas.

Assim, não admira que as cotações espelhem receio em relação ao futuro da empresa, embora se notem fases em que o optimismo tem sido a nota dominante.

Quem analisar o gráfico das cotações da empresa notará que nos meses de Março/Abril passado, a KRY teve uma explosão bullish com tremenda força, seguida de uma autêntica queda aos infernos, contínua e inapelável. De uma forma geral os indicadores não dão perspectivas animadoras nem sugerem qualquer sinal de viragem iminente. No entanto, ela pode sempre acontecer, se houver boas notícias do novo projecto e se o mercado passar a considerar que a relação risk/reward é aceitável.

É uma empresa a acompanhar, especialmente por quem gosta de arriscar…

terça-feira, agosto 08, 2006

Squeeze do Ouro?

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

Considero as Bollinger Bands (BB) um indicador de assinalável utilidade, identificando períodos de alta e baixa volatilidade de uma activo.

Quando acontece que a volatilidade desse activo é baixa e está num mínimo de vários meses, as referidas bandas ficam muito mais apertadas do que o habitual e vão-se tornando paralelas. Numa situação destas existe grande probabilidade de um squeeze.

Olhando para o gráfico do Ouro e utilizando o MACD e o Full Stochastics, observam-se já pequenas divergências positivas em relação ao preço, o qual nas últimas sessões tem estabilizado. Aqueles indicadores estão assim positivos enquanto o Ouro lateraliza, o que aponta para a possibilidade - ainda uma mera possibilidade - de um próximo short squeeze.

É uma situação para acompanhar. No caso de se confirmarem os indícios acima expostos, deveremos aguardar uma próxima subida rápida do Ouro, típica deste padrão técnico.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Ficha da HECLA MINING

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of
http://stockcharts.com

Hecla Mining (HL) é uma empresa centenária, cotada na NYSE há mais de 40 anos. É uma grande produtora de Ouro e Prata e tem minas nos EUA, México e Venezuela.

Apresenta uma boa situação financeira, com um passivo reduzido. No primeiro semestre de 2006, as receitas totalizaram 97,3 milhões de dólares, quase duplicando em relação a igual período do ano anterior. Teve um lucro líquido de 47,6 milhões ($.40/acção), enquanto nos primeiros seis meses de 2005 tinha registado um prejuízo de 9,5 milhões.

Embora se deva considerar um certo risco político para a parcela dos seus negócios relativos à Venezuela, pode afirmar-se que as suas propriedades mineiras localizadas neste país são de grande qualidade.

Agora que o nível de cotações dos metais preciosos permitem uma boa rentabilidade da HL, penso que as suas acções têm campo para subir. Depois de um máximo a 7.09, em Abril passado, seguido de uma correcção até aos 4.18, a empresa está a recuperar bem tendo fechado hoje nos 5.81, após
ter rompido há dias com determinação a resistência de 5.60.

domingo, agosto 06, 2006

O Bull do Ouro pode durar muitos anos

O Ouro é mais do que uma commodity pois tenderá cada vez mais a ser visto como uma reserva de valor que se pode assimilar a uma verdadeira moeda. Mas nestas coisas financeiras não podemos ser guiados por razões superficiais e de circunstância. Para que as nossas opiniões tenham uma base forte e convincente é preciso aprofundar as razões que lhe dão suporte.

É necessário referir que na evolução dos preços do Ouro se nota com grande intensidade a influência da especulação e da volatilidade. Os grandes interesses financeiros ligados ao Ouro têm tentado controlar de certa forma as cotações. A isso não será alheio a intenção de alguns países de diversificarem as suas reservas comprando Ouro e, talvez ainda mais importante, a estratégia de tentar equilibrar os grandes movimentos monetários internacionais, protegendo o USD de uma descida que parece ser, a prazo, inevitável.

Mas sente-se que a referida tentativa de controlar os níveis de preços do Ouro é cada vez mais uma tarefa votada ao fracasso, atendendo a que deverão entrar no mercado de forma crescente muitos investidores que ainda estão de fora ou que permanecem investidos noutros activos.

Falta agora explicar as razões que me levam a pensar desta forma e a considerar que o Ouro, adquirido sob as mais variadas formas, pode constituir um investimento de muitos anos, podendo até passar a ser um activo determinante da actividade económica e financeira global.

De uma forma muito sintética, eis porque estou optimista em relação à evolução da cotação do Ouro:

1. O Ouro é o destino natural de quem queira fugir dos riscos associados a fases complicadas dos mercados accionistas ou a expectativas de crises financeiras e de graves conflitos internacionais.

2. Toda a gente sente a força da inflação real (em oposição à oficial). A defesa contra taxas de juros reais negativas e a deterioração do valor do dinheiro apontam no sentido de investir a poupança em Ouro.

3. O aumento do crescimento mundial, centrado em grandes países em desenvolvimento acelerado - com a China e depois a Índia em posição destacada - trazem para o mercado a tradição do investimento individual em Ouro, com implicações incalculáveis no nível da procura deste metal precioso.

4. As descobertas de novas minas de Ouro são cada vez mais raras e desde há vários anos a produção anual tende a satisfazer com crescente dificuldade a procura, o que só pode originar a sustentação das subidas do preço do Ouro.

5. Ligado a este aspecto fundamental, estão os aspectos técnicos. Com efeito, a história do Ouro desde 2001, é feita através de uma sucessão de higher highs e de higher lows que não deixam dúvidas quanto à força do actual bull market.

A concretizar-se como espero o caminho ascendente do Ouro, uma coisa é absolutamente certa: a evolução do seu preço não será linear, antes sofrerá avanços e recuos, alguns de grande amplitude, acompanhada de fases de grande euforia e outras em que a dúvida se poderá instalar. É por isso que cada investidor deve gerir a sua exposição financeira de uma forma muito cuidada e activa, tentando tornar-se, tanto quanto possível, um especialista, para assim conseguir retirar os adequados proveitos das suas aplicações.

sexta-feira, agosto 04, 2006

O Castelo dos Sonhos


Osisko Exploration (OSK.V)

A Osisko Exploration é uma jovem empresa canadiana de exploração de Ouro, com uma equipa de gestão experiente que tem como objectivo desenvolver projectos com baixos custos de produção. Já adquiriu 100% da propriedade Canadian Malartic, uma mina de Ouro com grandes potencialidades e boa localização, próximo de Montreal.

Também detém 70% da mina de Ouro Castelo dos Sonhos, localizada no centro do Brasil, uma vasta propriedade de 72.000 hectares com mais 13 blocos adjacentes, que está numa zona onde, desde os anos 50, já foram produzidos artesanalmente mais de 20 milhões de onças de Ouro.

Investir nesta empresa será sempre especulativo, mas constituirá certamente um excelente negócio no caso de ela vir a ser adquirida por uma grande empresa mineira. Mesmo que se mantenha autónoma o investimento pode valer a pena. Basta observar a cotação sempre em escada, subindo e depois consolidando. E isto tem vindo a acontecer desde Setembro de 2004 quando o seu preço era ainda de C$0.19 (hoje fechou a 5.10).


Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com

Ficha da GOLD FIELDS

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com

A Gold Fields (GFI) é uma empresa mineira da África do Sul e a quarta maior produtora de Ouro do mundo.

Faz parte do índice HUI e possui minas na África do Sul, Austrália, Gana, Venezuela e projectos em desenvolvimento no Peru e Finlândia.

Tem uma estrutura forte e uma estratégia sustentada de aquisições para preservar e aumentar as vendas e assegurar o aumento da vida útil média das suas propriedades mineiras.

No fecho do exercício anual, que coincide com o final de Junho, a GFI apresentou um lucro líquido de 217 milhões de USD ($.42/acção), valor onze vezes superior ao do ano anterior, mas que ficou aquém das estimativas dos analistas.

A questão está em saber se alguns problemas operacionais que existiram no último ano se manterão ou se a empresa pode orientar a sua produção para bons teores de minério, com menores custos de extracção e recuperação. Neste último caso, tiraria partido das suas reais potencialidades, aproveitando os aumentos no preço do Ouro.

Olhando para as cotações no gráfico junto, constata-se que a GFI recuperou bastante bem dos mínimos de Junho embora tenha demonstrado grande volatilidade. Na actual fase ascendente dos preços do Ouro, a GFI tentava mesmo caminhar na direcção de novos máximos, só que o mercado está a sinalizar que não gostou dos resultados apresentados.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Juros, volatilidade e expectativas


No discurso que fez a seguir à decisão de aumentar a taxa de juro de 2,75% para 3%, Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), informou que novas subidas dos juros poderão ser ainda necessárias.

Foi o quarto aumento dos juros directores em 8 meses e as afirmações do primeiro responsável do BCE foram muito claras, dando um sinal ainda mais forte do que o mercado esperaria em relação às expectativas futuras.

Na próxima 3ª feira é a vez da FED decidir sobre os juros. O relatório de amanhã sobre a criação de emprego nos EUA pode pesar bastante na decisão final.

No entanto e como se previa, depois de grande volatilidade intraday, no final da sessão o euro pouco se tinha valorizado em relação ao USD – corrigiu até aos 1.2813. Por sua vez, o Ouro recuperou durante a sessão e acabou por fechar nos 645.68 (desceu 0,95%). A Prata, confirmando a força demonstrada nos últimos dias, aguentou bem e fechou a 12.08, em ligeira perda de 0,63%.

Antes da decisão do BCE


Daqui a pouco será conhecida a decisão do BCE sobre um eventual novo aumento da taxa de juro na zona euro. O mercado já descontou uma subida de 0,25% e também já está a contar com uma indicação – expressa ou tácita - de que serão possíveis novas subidas até ao final do ano.

Se as coisas correrem desta forma, o euro não sofrerá grande impacto de subida, pois tudo já está descontado na taxa de câmbio do euro, especialmente no EUR/USD. Isto sem prejuízo de outros factores que não estamos agora a analisar.

Não admira portanto que toda a especulação se faça neste momento em relação a um cenário diferente, menos favorável ao euro. É por isso que vemos nas últimas horas movimentos erráticos no USD e o próprio Ouro a fraquejar. É a fase ruidosa e confusa em que se tenta antecipar a decisão.

Aguardemos que a poeira assente e que o mercado nos mostre o caminho a seguir.

O Ouro e a Prata

Cliicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com

Esta 4ª feira foi um dia importante para o Ouro e especialmente para a Prata, que viram continuar as suas subidas. A Prata, que nos últimos tempos tem perdido terreno relativamente ao Ouro, conseguiu agora uma prestação mais autónoma com uma subida superior a 6% nas duas últimas sessões, bastante mais do que o Ouro conseguiu (2,2%).

Nesta fase, se o Ouro conseguir ultrapassar nos próximos dias os 676.41, pode ter o caminho aberto para novos máximos. Por seu lado, se a Prata se desembaraçar das resistências de 12.50 e 13.50, poderá ter também novos máximos à vista.


Clicar no gráfico para aumentar

Chart courtesy of http://stockcharts.com

quarta-feira, agosto 02, 2006

Casos interessantes a acompanhar

Western Goldfields (WGDF)

Como se sabe, poucas minas de Ouro têm sido descobertas nos últimos 5 anos. Mesmo algumas “novas” minas eram há muito conhecidas, mas tinham problemas legais ou ambientais entretanto em curso de resolução.

Naturalmente, em face da actual tendência de aumento da cotação do Ouro é muito provável que as maiores empresas do sector continuem a pretender adquirir empresas jovens com projectos de qualidade em desenvolvimento.

Um estudo recente identificou diversas empresas interessantes entre as quais a Western Goldfields, da Califórnia. O projecto desta empresa, na Mesquite Mine, pode ser uma excelente oportunidade.

No gráfico pode observar-se um movimento de preços bem sustentado acima da EMA50.


Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com

terça-feira, agosto 01, 2006

Ficha da AGNICO EAGLE

Clicar no gráfico para aumentar
Chart courtesy of http://stockcharts.com

Criada en 1972, com a fusão da Agnico com Eagle Gold, a Agnico Eagle Mines (AEM) é actualmente uma empresa mineira de grande crescimento, explorando a maior mina de Ouro do Canadá (LaRonde) e tendo outros projectos em fase adiantada. A sua estratégia inclui joint ventures com pequenos produtores e aquisições de novas minas.

Depois de conhecidos os dados do 2º trimestre, o lucro líquido registado na primeira metade de 2006 foi de 74,3 milhões de dólares ($0.67 por acção), tendo triplicado relativamente a igual período do ano passado devido ao aumento da cotação do Ouro.

A AEM apresenta uma estrutura financeira muito forte e os novos projectos de aberturas de minas de Ouro no Canadá, México, Finlândia e EUA, estão em bom andamento e têm excelente potencial a prazo.

Conforme esperado, a sua cotação tem alavancado os preços do Ouro, tendo aumentado de 4.85, no final de 2000, até ao máximo de 41.70 (ver gráfico). Suportou muito bem a correcção do metal, pois embora tenha caído até 25.49 já recuperou com força até aos 36.97 de hoje, depois de ultrapassar a resistência na zona dos 35.

Se as cotações do Ouro continuarem com tendência fortemente positiva, a AEM é um investimento muito promissor.

O Ouro quer subir já?


Continua a observar-se uma grande volatilidade nos mercados e os investidores encontram as mais diversas razões para explicar a variação dos activos.

Pela lógica, dados dos EUA que tornam mais provável nova subida dos juros americanos, como os que foram hoje conhecidos, fariam o USD subir e o Ouro descer. Mas é o contrário que está a acontecer porque afinal não há verdadeiras novidades - a FED provavelmente fará como previsto a última subida de juros desta série na próxima 2ª feira e depois haverá uma pausa. E o BCE também poderá subir de novo os juros na UE. Daí a fraqueza do USD.

A subida do Ouro está a acontecer por arrastamento, aproveitando sem dúvida o sentimento bullish reinante neste metal precioso com base naquela procura potencial que a pouco e pouco vai entrando no mercado.
Powered By Blogger